Boa sacada de usar as marionetes para o flashback da Dot. Evita a exibição de uma sequência gráfica e de mau gosto, elimina a necessidade de ter jovens atores envolvidos em cenas bem pesadas, além do custo ser menor (algo que Hollywood deve amar atualmente).

Espetacular terem usado os fantoches pra contar a história da Dot. Direção de arte foi incrível. Pena que no fim a Linda morreu e ela está nas mãos do Roy. Só Lorraine pode salvá-la agora.
Muito fofa a Scotty cuidando do Wayne.
Gator pedindo pra morrer se metendo com o Munch . O filho viciado morreu em 30 segundos ....

Toda construção e como o abuso que a Dot sofreu foi muito bem representado, ainda mais com os fantoches que deram um tom mais pesado, pois ficamos pensando como seria em live action. Achei uma decisão de direção muito acertada.

Desenvolveu bem a história da Dot e todos os seus traumas que estavam enraizados dentro da mente dela foram mostrados ao expectador desde a Linda que foi a mulher que a acolheu, sendo a mãe do Gator também.

Toda a sequência dela indo ao acampamento foi muito onírica e com as músicas remetendo a conto de fadas e ao descobrirmos que ela estava tendo um devaneio o baque é grande, tal qual o caminho que a atropela e corta para cena dela no Hospital e o encontro dela com Roy e o medo em seus olhos fecha o episódio com chave de ouro.

PS: A tentativa de assassinato frustrante do Gator e a sacada do "bixo-papã" de colocar o corpo do filho da senhora que ele está morando na casa, na cadeira e balançar com a corda no fundo do quarto.

Essa sequência lembrou muito o core de Fargo que é essa comédia de erros aonde Gator vai para matar um e acaba sem querer matando a senhora, que pensa que ele está tentando assaltar.

A sequência do Wendy com a Scooty foi muito legal, desde dele na loja pedindo para o funcionário realizar a venda do carro, até ele contando a história para a filha, referenciando os acontecimentos e a situação com a Dor!

Só Fargo mesmo para do nada criar um Camp Utopia, local que transita numa linha tênue entre ser um espaço terapêutico e ser uma seita com culto à personalidade formada por Lindas venerando uma Santa Linda.

Tudo pra jogar na nossa cara que aparentemente não era real (ou apenas uma utopia, como o próprio nome denuncia) e sim um meio para a Dorothy contar a si mesma (e pra gente) a sua história. Libertador para ela. Mas aí a série vem sapeca de novo mostrando que o Roy capturou ela.

PS: Pra mim é um mistério como o Gator ainda está vivo. O cara é incapaz de fazer de uma coisa certa, é só presepada e pontas soltas. Por isso mesmo não duvido a série no final jogar com a gente e fazer ele ser o sobrevivente dessa temporada hahaha.

Que azar da porra, coitada da Dot!