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Eu gosto do esforço que Shingeki faz pra não desperdiçar personagens e recompensar os leitores/espectadores mais atentos. Nos episódios anteriores vi algumas reclamações sobre o “tempo perdido” pra mostrar o drama do Connie com a mãe, mas por mais que eu concorde que seja um desvio, acho que pode ter sido a forma que o Isayama encontrou de preparar o terreno pro papel que ele teria aqui.
Aquilo foi importante pro Connie amadurecer e entender que sacrifícios teriam que ser feitos. Se ele não tivesse dado esse passo, provavelmente não teria conseguido agir naquele momento em que a vida do Armin estava em perigo e matar duas pessoas que um dia já foram seus companheiros. Apesar de eu ver algumas possíveis interpretações problemáticas da mensagem por trás disso, essa sensação de causa e consequência é, pra mim, uma das coisas mais essenciais e interessantes numa narrativa.
Além disso, permitir que o Reiner tivesse um momento pra juntar as peças do quebra-cabeça na mente dele, dar um desenvolvimento a um personagem secundário como o Magath e até trazer de volta dois figurantes lááá do começo pra completar o arco do Connie… Tudo isso mostra uma preocupação com detalhes que eu aprecio numa história. Isso é meio agridoce pra mim porque me faz pensar que, quando quer, Isayama consegue conectar os pontos bem direitinho (coisa que eu acho que ele falha muito em fazer nessa reta final).
Eu tenho sido bem rabugenta nos meus últimos comentários, mas esse episódio me fez lembrar de alguns motivos pelos quais eu gosto de SNK. Isso é importante pra mim a essa altura porque eu já me decepcionei muito e não gosto nem um pouco desses capítulos finais, rs.
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