Escrito por: Pedro Rubens
Com o passar dos anos algumas franquias se consolidaram e por sua grande legião de fãs seguem marcando gerações e gerando retornos milionários para seus investidores. Star Trek é uma dessas, tendo iniciado sua jornada a partir da série televisionada durante o fim da década de 60 mas se sustentando até 2022, com dezenas de filmes, séries live-action e animadas.
Star Trek: Prodigy, nova animação do Paramount+, nos apresenta uma nova e inimaginável equipe de tripulantes a bordo de uma velha nave da Frota Estelar em busca de aventuras pela galáxia. Tudo começa em uma mina onde escravos trabalham e são submetidos a uma vida deplorável, mas sempre com a perspectiva de que, para além daquele terror, há a esperança de um novo lar.
Uma das coisas que mais lamento é que ainda não consegui ver todas as séries e filmes da franquia Star Trek, então se você que está lendo este texto acha que foi escrito por um ávido fã, infelizmente sinto lhe desanimar. Acompanhei a trilogia mais recente, do diretor J. J. Abrams, mas me arrisquei a assistir a nova animação porque o trailer me comprou facilmente.
Um dos maiores problemas que encontrei no piloto de Star Trek: Prodigy é que você cai de paraquedas num universo expandido que, caso não tenha assistido a absolutamente nada da franquia, você custará a entender pelo menos o básico do que está sendo apresentado. E digo isso porque a cena final do episódio apresenta ao público um elemento já visto previamente em outras obras, trazendo à tona todo um universo já consolidado.
Além disso, a série se utiliza do primeiro episódio unicamente para apresentar personagens e unir as peças que formarão a nova e disfuncional equipe que estará embarcando numa viagem interestelar. Isso não é de todo ruim, afinal os protagonistas são apresentados de forma calma, paciente e tranquila, mas quando o episódio termina fica a sensação de que você só conheceu os personagens, mas não sabe para onde aquilo vai.
Spoiler: o segundo episódio também termina e, literalmente, os personagens não sabem para onde vão.
Visualmente é uma animação maravilhosa, a explosão de cores que constrói o cenário, explosões, texturas e toda a parafernália visual é algo que me deixou boquiaberto. Mas infelizmente faltava algo, nem só de visual bonito se sustenta uma série e “gastar”, repare nas aspas, um episódio só para apresentar personagem e não levar a lugar nenhum é cansativo.
Star Trek: Prodigy tem absolutamente tudo para dar certo e eu com certeza verei até o fim da temporada, mesmo que seja usando a justificativa de que em algum momento a série vai engrenar e vai levar para algum lugar. Espero não me autossabotar!
Nota: 7.5
A série foi criada para captar os fãs do novo século. Pois, STTOS foi um marco na televisão de SciFi e para conseguir manter e "pescar" novos fãs que irão crescer (sim, a série é direcionada ao publico infantil) e se tornarem Trekkers no futuro.
Muito do que aparece ao longo da temporada remete às séries anteriores, e a cada episodio temos easter eggs que realmente só os fãs que assistiram toda esta saga vai entender o por que de aparecerem ali. Mas também apresenta personagens que estão totalmente desligados do que é ser um membro da frota estelar ou da federação. Com isto vai levando os personagens a aprenderem e se situarem nestes novo mundo e de carona leva os espectadores. Mas, o texto foi bem explicativo! Vida Longa e Próspera!
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