Escrito por: Gilberto Roque
Se você nunca assistiu a nenhum k-drama, talvez tenha estranhado a duração ou o formato do primeiro episódio de Round 6, mas há de concordar que a surpresa na reta final te deixou sentado na beira do sofá!
A primeira parte do episódio nos apresenta Seong Gi-hoon (Lee Jung-jae) e sua fracassada vida: endividado, desempregado, golpista e viciado em jogos. O vemos roubar dinheiro da mãe idosa, ser perseguido pelo agiota, mentir para a filha. Tudo que nos é apresentado sobre ele até então, não nos deixa ter o mínimo de empatia pelo personagem. Existem momentos que você até ri da desgraça dele.
Tudo então começa a mudar quando ele encontra um estranho no metrô, que o convida a participar de um jogo, oferecendo dinheiro caso ele vencesse. Temos então uma sequência até engraçada, onde o vemos perder e, por não ter grana pra pagar ao estranho, Seong recebe uma série de tapas na cara. Ao fim da brincadeira, o estranho o convida para um game, onde pode ganhar muito mais dinheiro e livrar-se das dívidas, entregando-lhe assim um cartão, com um número de telefone.
Toda essa primeira parte do episódio é bem equilibrada ao mostrar humor e tensão, enquanto vamos conhecendo mais o personagem principal. Mas confesso que não consegui criar uma conexão com ele.
O que me fez gostar muito do episódio e querer seguir em frente foram os acontecimentos a partir do momento em que Seong decide ligar para o número impresso no cartão que o estranho havia lhe entregue.
Ao entrar numa van, logo é colocado pra dormir junto com os outros ocupantes do veículo e, ao acordar, se encontra num gigantesco dormitório, utilizando um uniforme com a numeração “456” e com diversas outras pessoas, vestindo o mesmo uniforme, mas com numerações distintas.
É complicado falar de tudo o que acontece até o final do episódio sem dar grandes spoilers, mas em resumo, todos ali são pessoas que precisam de alguma quantia grande de dinheiro (a grande maioria, com o mesmo mal caratismo de Seong) e lhes é oferecida a chance de participar de um game: seis brincadeiras, ao final um único vencedor, que levará uma grande quantia em dinheiro.
Todos se comprometem a participar do game, e após assinarem um termo de participação e tirarem foto de identificação, são levados até onde ocorrerá a primeira brincadeira: Batatinha Frita 1, 2, 3! Sim, eles vão jogar um velho jogo de criança.
Mas, com grandes modificações!
Temos então um verdadeiro banho de sangue: mortes bizarras, desespero, gritaria. Pessoas em choque, tentando processar o que está acontecendo. Enquanto isso, um homem mascarado assiste tudo em um telão, ao som de jazz e tomando uma bebida.
E com essa sequência, eu descobri que sou um pouco psicopata, quer dizer, o piloto conseguiu me conquistar e ter vontade de ver mais dessa trama, descobrir quem vai sobreviver, quem está por trás desse jogo insano e principalmente, quais as outras brincadeiras de criança que serão bizarramente adaptadas.
Com uma primeira parte que em certos momentos não te prende, Round 6 consegue virar o jogo ao chegar no que interessa e é a partir daí que te prende até o final.
Nota: 9,0
Adorei essa parte de "Críticas e Reviews" que não sabia que existia até então. É um pouco difícil fazer um review sem spoilers desse primeiro episódio, mas o review ficou ótimo, adorei principalmente por lembrar que Round 6/Squid Game é SIM um K-drama (dorama), por que já vi muitos não admitirem que é.
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Eu adorei essa estreia. Me lembrou um pouco a franquia de filmes Escape Room. Adorei a review, Gil! < 3
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