Escrito por: Pedro Rubens
O que faz uma história de amor ser especial o suficiente para ser compartilhada? Absolutamente nada. Isso é relativo demais para ser descrito aqui e eu nem quero me ater nessa resposta. Mas é verdade que as inúmeras produções, televisivas ou cinematográficas, que apostam em contar histórias românticas tem como objetivo compartilhar histórias capazes de levar o espectador a reconhecer-se naquilo que está sendo apresentado.
Modern Love, série da Amazon Prime Video inspirada na coluna do jornal New York Times e que posteriormente virou livro nas mãos de Daniel Jones, nos apresenta histórias de pessoas reais que optaram por compartilhar suas vidas, ou momentos delas. Os episódios são dispostos de forma antológica, cada um contando uma história isolada em arcos com início, meio e, em sua maioria, fim.
Recheada de atores renomados e bastante conhecidos do público, a série retorna ao seu segundo ano com uma nova leva de episódios encantadores, emocionantes, cômicos em alguns momentos, mas sobretudo, cheios de vivacidade.
A primeira temporada, por mais que seja incrivelmente boa, esforça-se para levar o expectador a identificar-se com os personagens e também com suas respectivas histórias, porém não consegue chegar a esse equilíbrio. Os episódios funcionam, mas ou você se identifica com a história do personagem, ou se identifica com as características dele, dificilmente você conseguirá se encaixar nesses dois aspectos.
Por outro lado, o segundo ano de Modern Love está mais maduro e consegue apresentar histórias perfeitamente equilibradas e que funcionam como espelho para que o espectador se veja não apenas nos protagonistas, mas também vivenciando aquelas situações. Talvez isso só seja possível dadas as escolhas do roteiro em abraçar por completo a veracidade dos fatos e se desvencilhar da ficção adicionada ao adaptar histórias reais bem como ao adaptar livros.
Os atores entregam tudo de si, a direção está afiadíssima e certeira em tudo que tem feito, a estruturação dos episódios montam arcos completos e bem amarradinhos, alguns deixando pontas soltas e aguçando a criatividade de quem estiver assistindo. Mas até aquelas histórias que aparentam não ter fim, permeiam a realidade do que em si só a história já vem contando. Dica: volte ao início do episódio 3 e reveja todos os diálogos, estava evidente que aquilo aconteceria!
O novo ano de Modern Love está mais consciente de si, e tal qual as histórias apresentadas, a série precisou refletir sobre aquilo que estava tratando e entregou uma nova leva de episódios mais fincados na realidade e próximo de quem está assistindo.
Mas com uma temporada recheada de diversão, surpresas, muitas emoções, encontros e desencontros, a série se consolida, aquece o coração do público, evoca o debate sobre igualdade, respeito, relações e tantas outras coisas que culminam numa grande celebração ao amor em suas múltiplas formas, cores, culturas e histórias.
Nota: 8,56
achei muito chata, decaiu muito em comparação a primeira
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