Escrito por: Pedro Rubens
Esse texto contém spoilers do quarto episódio de Loki!
A cena final do quarto episódio de Loki, intitulado O evento nexus, termina com Loki sendo consumido pela arma utilizada pelos soldados da AVT e, aparentemente, chegando ao fim da sua história.
Mas logo após os créditos finais, uma nova cena começa e nela vemos o Loki de Tom Hiddleston acordando em New York, completamente destruída, questionando se havia morrido e estava no Hel (o mundo dos mortos, segundo a mitologia nórdica). A resposta é sucinta:
“Ainda não, mas vai morrer se não vier conosco.”
A voz é do ator Richard E. Grant, que aparece caracterizado como o Velho Loki, basicamente o mesmo que aparece nas HQ’s da Jornada para o Mistério, de 1962, logo após se desvincular da maldição que o prendeu em uma árvore de Asgard e ir para a Terra caçar seu irmão em busca do Mjölnir.
Ao lado deste vemos também o Kid Loki, versão jovem do protagonista cuja aparição já era especulada na expectativa de que futuramente venha a integrar o time dos Jovens Vingadores. Em suas mãos está um Crocodilo com os clássicos chifres do protagonista, esta é uma versão que não integrou nenhuma das HQ’s em que Loki aparece porém talvez seja uma referência ao poder de metamorfose do Deus da Trapaça, que já se metamorfoseou até em unicórnio.
Por fim, creditado como Boastful Loki, ou Loki Orgulhoso em tradução livre, vemos o ator Deobia Oparei segurando uma versão do Mjölnir. Dado o nome e aparência, este é um personagem que não tem nenhuma ligação direta com nenhuma das versões que já foram apresentadas nas HQ’s.
Desde o primeiro episódio algumas pistas nos são dadas, como é o caso da fala de Mobius ao citar que a AVT protege o fluxo adequado do tempo, ou em outro momento ao dizer que precisa da ajuda de Loki dada sua perspectiva única de Loki.
Posteriormente somos informados que, no momento em que Loki e Sylvie se juntam para assistir o apocalipse de Lamentis-1, citado como o pior apocalipse registrado no Temp Pad, há uma nova ramificação na linha temporal sagrada.
Outro ponto que vale menção é que durante os créditos finais somos apresentados a informações sobre a AVT, e dentre elas, uma ilustração do que acontece com aqueles que atravessam o portal e fazem a viagem no tempo: o rompimento das suas moléculas.
Mas qual a relação que isso pode ter com o quarto episódio e as outras variantes do Loki que aparecem no final?
Durante todo o curso desse episódio acreditamos que, aqueles que são desintegrados pela arma da AVT não voltam mais, morrem por definitivo. Mas comparando com a ilustração que já aparecia nos créditos finais, há bastante semelhança entre ambas, logo, já era possível imaginar que os personagens não morriam, eram apenas levados para outro local.
Partindo para os outros Lokis que nos são apresentados brevemente, é possível que a série nos apresente a AVT fazendo uma caçada às inúmeras outras variantes do protagonista, após seus respectivos contatos com alguma jóia do infinito, gerando eventos apocalipticos como o que viria a acontecer no primeiro filme dos Vingadores.
Por outro lado, o encontro de dois Lokis foi capaz de gerar entre eles uma espécie de amor narcisista o suficiente para ser o estopim de uma ramificação temporal jamais vista. Isso nos permite crer que, o acúmulo narcisista de tantas variantes do mesmo ser juntas no mesmo local, talvez vejamos uma outra realidade onde os eventos de Vingadores 1 foram bem sucedidos por algum daqueles Lokis, já que naquela New York toda destruída vemos também a Torre dos Vingadores entre os destroços.
Ou seja: há a possibilidade de ser um local onde o apocalipse esteja para acontecer, ou já aconteceu!
Não é possível afirmar com certeza que todos os que foram tocados pelas armas da AVT foram parar no mesmo local onde Loki agora está, porém, podemos esperar que em breve a série nos apresente explicações mais claras sobre isso. O que nos faz ficar mais tranquilos e esperançosos de em breve ver Mobius finalmente andando de Jetski!
Aqui cabe uma opinião pessoal: especula-se que há um grande vilão por trás de tudo isso e que ele será apresentado na série e trabalhado nos filmes, porém, por mais que a Marvel seja uma produtora crossmedia e caminhe entre diversas áreas (HQ’s, séries animadas, séries live-action, filmes e livros), não é viável entregar algo nos filmes onde parte do público ainda não tenha visto, e digo isso porque nem todas as pessoas que veem os filmes do MCU assistem às séries.
Logo, os filmes precisam ter um arco fechado, com início, meio e fim dentro da sua respectiva área (cinematográfica), enquanto as séries podem agregar no universo cinematográfico desde que os filmes funcionem independente delas.
Considerada por Kevin Feige como a série mais importante do MCU até agora, a abordagem do Multiverso talvez torne-se mais robusta e nos dois últimos episódios haja uma explicação ainda mais extensa e que solidifique essa teoria, já pincelada nos filmes que antecederam a série, através da apresentação das variantes do Loki.