Escrito por: Pedro Rubens
Esse texto não contém spoilers do primeiro episódio de Loki.
Possivelmente em 2011, ao assistir o fracassado primeiro filme do Deus do Trovão você jamais iria pensar que ali seria a porta de entrada de um dos maiores personagens do MCU: Loki. Aliás, diga-se de passagem, seja no primeiro ou no segundo filme de Thor, o Deus da Trapaça é o único que funciona perfeitamente bem mesmo diante do caos que são aqueles dois filmes.
Apostar em uma série exclusiva para esse personagem, talvez, tenha sido a melhor escolha da Marvel Studios, seja por tudo o que o personagem construiu durante todos os filmes, seja pela personalidade que o ator Tom Hiddleston criou para vivenciá-lo, é certo que Loki tornou-se um dos melhores personagens do MCU e permeia todas as histórias, mesmo que de forma indireta.
E é neste ponto que a série Loki se ambienta, trabalhando de forma mais detalhada e costurando por completo a ideia do multiverso, assunto que anteriormente havia sido apenas pincelado em outros filmes, aqui vemos em detalhes como se forjou esta teoria, o surgimento dos Guardiões do Tempo e a institucionalização da Autoridade da Variação Temporal (também conhecida como AVT).
É engraçado reconhecer referências a animações clássicas, bem como a filmes e séries que marcaram tantas gerações e como elas exerceram influência na série, utilizando do anacronismo para contar algo sobre a linearidade do tempo. Inclusive, a série utiliza-se de todos os elementos possíveis para provocar a ideia de distorção e sinuosidade que existe naquele universo, vide a fotografia que em todo momento há algo que causa estranhamento, sempre há algo fora do lugar ou elementos demais em cena. E sim, isso é brilhante!
Destaca-se também a qualidade do roteiro e o altíssimo nível de direção, trabalhos incríveis de Michael Waldron e Kate Herron respectivamente, que trabalham harmonicamente criando uma narrativa muito bem planejada, mesmo que às vezes já entreguem pistas sobre a história mas que torna-se singular pela atuação do seu protagonista (que também assina como produtor executivo!), e com um acabamento perfeito através de personagens secundários, que dão ainda mais vida ao show, como é o caso do Mobius, brilhantemente interpretado por Owen Wilson e que promete cenas incríveis junto com Loki.
Durante os 52 minutos do episódio piloto conhecemos ainda mais da personalidade de Loki, através de expressões características do personagem, piadas que não soam forçadas e fluem organicamente, mas definitivamente através da breguice que compõe quem ele é, abraçando de vez essa cafonice clássica que vem desde as HQs e aqui preenche a tela com easter-eggs.
Aqui vemos uma Marvel mais madura e confiante, que acredita em si e não tem medo de investir naquilo que deseja contar, por isso encara o público na convicção de que já estamos ambientado com aquele universo e não prepara o terreno pra algo novo, já entrega aquilo que propõe sem medo de errar. Talvez essa seja sim a maior série do MCU e não precisamos nem garimpar tanto pra achar as evidências disso...
Nota: 9,0
Eu nem gosto muito de heroi mas amo o Loki, esse homem é 10/10
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Loki versus Loki foi uma boa sacada!!! Algumas semelhanças com DC's Legends of Tomorrow, mas gostei das atuações do Tom Hiddleston e de Owen Wilson. Avaliação: Nota 9 pelo finalzinho do piloto com expectativa alta para o próximo episódio.
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