Episodio 1x1 - Nota 7.5 2024-02-06 16:57:23Elenco bom, ambiente fantástico (por mais séries desenvolvidas em HK ou outras metrópoles tão fascinantes quanto), e história promissora.Gostei muito da Mercy! |
Episodio 1x2 - Nota 8 2024-02-06 16:58:26Idem, que agonia kkkk |
Episodio 1x2 - Nota 8 2024-02-06 17:00:59Achei muito melhor que o piloto e um episódio inteiro no evento foi um diferencial. Pensei que a série iria revelar aos poucos o "mistério". |
Episodio 1x3 - Nota 8 2024-02-06 17:06:13Nicole nasceu pra fazer papel de obcecada doida varrida, kkkk! Fico imaginando um filme/série dela com Dafoe, Paul Dano, Phoenix, Norton e cia. |
Episodio 1x4 - Nota 8.5 2024-02-15 11:56:53Três cenários, três situações distintas, três locais fechados, mas todos se interligam com o mesmo propósito: resolução dos problemas. E é interessante como todos tem relação com vida/morte.Os pais do Gus em direta relação com a morte, com sentimentos distintos. Ou o fim de um sofrimento angustiante ao reconhecer o corpo- não saber o que aconteceu com o seu filhinho Gus -, ou a fagulha de esperança em acreditar que ele está perdido em algum lugar. Mercy e David em direta relação com a vida, a geração de uma vida que nesta altura e neste contexto, é totalmente indesejado para uma "imigrante azarada" - uma bela redundância -, mas bem esperançoso para um executivo de sucesso, o qual está em crise de quase meia idade por não ter um legado familiar. Enquanto a morte e o desejo pela vida de Margaret e Clarke são colossais, aqui a vida é descartável em prol de uma decisão que pode ser tomada em menos de um dia. Por último mas não menos importante, a negação da vida pelos traumas do passado. Hilary tem uma relação complexa com sua criação, e o episódio é muito bom em trazer à tona todos os seus traumas através de um elevador parado. Pra mim, o melhor cenário do episódio entre os três é o que possui o tema menos "importante" da série. Em escala, óbvio que a relação difícil com a mãe e o dilema de ter filhos está muito abaixo de um filho desaparecido/morto ou de uma gravidez com a/o amante. Mas ainda assim é um dilema e não deixa de ser importante. O problema para Hilary está muito mais vinculado ao que ela vivenciou como criança em uma família completamente disfuncional, do que uma mera decisão de "eu não gosto de crianças e nunca quis ter filhos". Embora ela tenha vencido na vida - e muito bem -, percebe-se o quanto seus traumas afetam seu modo de viver, inclusive tentando permanecer em um casamento totalmente disfuncional. Dinheiro não resolve os problemas emocionais e traumas profundos - e é aqui que vem os espertalhões dizerem: queria eu estar depressivo em Hong Kong ou nas Maldivas. Essa máxima é sempre engraçada, e as vezes pensamos ser verdadeira. Claro, entre estar no mesmo quadro emocional mas pobre é bem pior, mas não é razão excludente. Hilary projeta uma interface bem sucedida com uma programação interna totalmente diferente. Aquele jantar requintado proporcionado aos amigos só reforça a tristeza e o trauma de vida de Hilary, que parece tentar "viver" bem essa vida bem resolvida e sem necessidade de ter filhos, mas que internamente, está com tudo desmoronando. Acho que é possível conjecturar que Expats faz essa analogia de tantos conflitos com relação a vida e seus dramas mais profundos com o drama de quem é um expatriado, um imigrante. No início da série, Mercy narrou que essa história seria sobre aqueles que causam dano e não sobre os que são atingidos por isso. Logo em seguida, você pensa que a série tentou vender uma coisa e entregou outra, com um foco ainda grande nas vítimas. A realidade de Expats é que todo mundo ali é culpado de alguma coisa, pra mais ou pra menos, e o maior drama de todos os personagens é que ninguém se sente bem sendo um completo estranho em outro país, sem sequer falar a língua local. As vezes nós achamos que se mudássemos de país, e tivéssemos muito dinheiro, todos os nossos problemas seriam resolvidos. Mas isso é bem mais difícil e profundo quando o problema somos nós. Aguardemos o restante desta históra... |
Episodio 1x5 - Nota 9 2024-02-20 12:16:53Eu sei que a gente duvida de muita coisa, e em uma série quase investigativa, temos a tendência de atirar para todos os lados pra tentar adivinhar quem é o culpado. Por isso esse episódio-filme, a despeito de sua duração, foi o melhor da série e é brilhante, um verdadeiro soco no estômago. Nós sempre criticamos as pessoas que acusam rapidamente o empregado quando algo some, pensando o tempo todo que aquele que não tem, vendo aquele que tem, sempre estará em uma relação de sentir não só inveja, mas o pior para aquela pessoa. E o fato da maioria aqui suspeitar da Essie revela tudo isso.A série conseguiu fazer um episódio apenas com os secundários e ser o melhor de toda a sua trajetória. Porque se o drama das pessoas não tão brancas mas com dinheiro é terrível, imagina o drama de quem trabalha para elas? Um sofrimento sem tamanho, com sonhos frustrados, expectativas frustradas, trabalho sem dignidade muitas vezes. E em tudo isso, a culpa é da empregada, do motorista, da estudante, até do pastor, que não tem nada a ver com isso, e que estava lá só pra tentar dar um suporte emocional para a família. Quero falar sobre esse episódio genial na perspectiva da Essie. Tanto Puri, quanto as outras empregadas que estão ali, foram fenomenais no papel e também no drama desenvolvido. A mãe do estudante que ainda rala pra caramba pra certamente manter o filho na faculdade e dar sustento pra casa, histórias incríveis que caberiam aqui muitas análises e comentários. Mas no contexto da série, Essie brilha como a protagonista porque está na família afetada. Essie é aquela mãezona/vó que você sempre sonhou para a sua família, e ainda é a empregada da casa. Filipina, ralando, mandando parte do pouco dinheiro que ganha para os familiares em seu país, e vivendo tudo (do melhor ao pior) dentro de uma família estrangeira, sem falar tão bem a língua. Quando ouve aquela discussão sobre onde o menino aprendeu que Gus estava com Jesus, automaticamente eu pensei na Essie. Mesmo a série tentando despistar com o Clarke na igreja, era bem evidente que a pessoa que mais passa tempo com as crianças é a Essie. E isso nos ensina algo valioso: A atitude totalmente desrespeitosa da Margaret com o pastor mostra que, pessoas que estão acostumadas a terem tudo, são a maioria intolerante contra a fé alheia, e também na dificuldade de entender como pode existir um Deus, se ele não faz todas as minhas vontades ou tudo que eu preciso 24h por dia? Isso é refletido também nas crianças, indignadas e ingênuas, quando tentam questionar o pastor sobre "mas se Deus existe porque ele não fala pra gente onde está o Gus?". E por que Essie nisso tudo seria a protagonista? Porque ela amava o Gus, provavelmente na mesma medida que Margaret (arrisco dizer que até mais); sei que pode acontecer com todo mundo, mas dificilmente Essie perderia o Gus; Ela foi esnobada pela Margaret justo no dia que o Gus sumiu (o que para alguns configurou como suspeita); Foi atribuída a ela um "ódio" pela matriarca simplesmente sem nunca terem sentado pra falar com ela sobre o ocorrido; a despeito dela passar por tudo isso, ainda ser a funcionária estrangeira da casa, estar longe de toda sua família, em um país estranho, quem tem fé aqui é Essie. E por causa dessa fé, ela ama esta família mesmo sem receber mais que o pouco dinheiro em troca. Há inúmeros aprendizados neste episódio, e Expats vai no âmago dessas dores imigrantes, quer para ricos quer para pobres. O mais intrigante, é que geralmente quem aprendeu cedo na vida que o mundo não gira em torno de si, entende que é preciso ter fé num mundo desorientado, e que nem todo dinheiro todo mundo resolve o seu problema intrínseco. Não zombe da fé alheia, seja você pobre ou rico. Duas cenas de tantas que foram impactantes do episódio: 1. A discussão de Hilary e David através da visão da Puri, saindo do seu quartinho de empregada. Aquilo foi uma obra de arte. Assim como todos os takes com a Hilary amiga/Hilary patroa. 2. A surpresa de Essie ao achar que seria demitida, mas na realidade estava recebendo uma proposta nos States. Aparentemente, Essie fica mais feliz em saber que tem a chance de acompanhar a família do que retornar para seu país. Talvez ela diga não, mas sabe-se lá quantos anos essa mulher dedicou integralmente sua vida para essa família. É praticamente sua família. A cena é fantástica, principalmente no semblante de Essie. |
Episodio 1x6 - Nota 8 2024-02-27 16:25:02Senti que poderia ter mais coisas nesse final, mas foi bem satisfatório pelo que a série se propôs a fazer. A cena de Mercy, Hillary e Margaret foi muito boa! |