Eu só espero que as pessoas brancas, ao se verem representadas onde estariam pessoas negras no nosso mundo, possam, enfim, se colocar no lugar da maioria dos negros que ainda sofrem com o processo de escravização e que vêm desde então sofrendo com as consequências desse período histórico. A discrepância entre a vida da maioria dos brancos da maioria da vida dos negros, em sua maioria pobre, o que causa um fator social aqui também, é tão grande que essa série não me choca. Eu sou consciente dos privilégios de ter nascido branco. Nunca fui parado pela polícia. Sim, sou pobre, conquistei tudo o que tenho na luta diária, mas eu reconheço os privilégios que eu tive, e não falo nem de escolha, e que eles me facilitaram o acesso a muita coisa. Eu nunca fui parado por policial na rua. Nunca fui seguido por segurança em shopping. E qual o mérito disso? Nenhum. Zero. Enfim, eu tô adorando o modo como essa série faz o contraste com a nossa realidade.

uma reflexão ao racismo, mas a falta de interpretação pode fazer da série um argumento racista.

- Sephy foi muito inocente contanto que Callum avisou da explosão.

- Esse irmão do Callum é muito covarde. Não vale uma nota de 3 furada.

- A terrorista que luta contra os negros usa dreads, algo típico dos negros da Jamaica. Fez sentido? Nenhum.

Pra quem não entendeu a estética da serie ainda: a realidade deles não é igual ao do mundo real, voltada ao eurocentrismo.

Na serie, tudo é baseado na cultura africana, inclusive os artefatos, as roupas e os penteados.

E sim, o irmão do Callum é um babaca e covarde.

Esse episódio foi maravilhoso