Normal People by Gustavo

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Episodio 1x1 - Nota 8.5 2020-06-12 18:06:22

Atores com 30 anos interpretando adolescentes me lembra Malhação hahaha

Sem prejuízo, foi um bom piloto. O casal principal aparenta ter uma boa química, mas achei contraditório ele querer esconder o lance deles por causa dos amigos. Parece não ser algo que combine com o caráter do personagem. Sei lá. É cedo para esse tipo de conclusão e sinto que fará sentido dentro do roteiro proposto.

Gostei. Vou continuar.

Episodio 1x2 - Nota 8 2020-06-13 12:24:31

Até aqui, a série é extremamente clichê.

Ainda assim, estou impressionado em como consegue prender a minha atenção.

Estou gostando muito e os dois primeiros episódios nem estão no top 10 aqui.

Episodio 1x3 - Nota 8 2020-06-13 15:08:32

Nesse episódio eu sou mãe do Connel dizendo exatamente as mesmas verdades que eu diria para ele. E que linda é a atriz que interpreta a mãe dele.

Connel diz que ama Marianne, mas não a convida para o baile. Me ajuda a te ajudar, amigão, rs...

Agora bancando o advogado do diabo (ou do Connel), pois precisamos tentar entender a profundidade dos personagens.

Connel, neste episódio, é um adolescente (apesar de o ator parecer ter 30), de origem humilde e que conquistou a popularidade na escola.
Quem na vida nunca teve vergonha de algo que não deveria se envergonhar?
O processo de maturidade, dentre outros aspectos, envolve reconhecer nossos comportamentos nocivos às outras pessoas. Talvez a cena do choro do Connel no final seja o insight dele percebendo o absurdo da inversão de valores que ele fez (popularidade em xeque vs consideração por quem ele ama). Ressalto que é no final da adolescência que inicia a transição: deixamos de ser crianças e nos tornamos adultos. Ok, alguns nunca se tornam adultos, mas não parece ser o caso de Connel, que é demonstra ter valores e empatia, apesar de tudo.

E, claro, mulheres costumam amadurecer primeiro. Não justifica o comportamento de Connel, mas na vida real é assim, senhoras e senhores.

Por fim, o seriado também tem uma bela fotografia. Destaque para Marianne sendo a única diferente ao usar amarelo enquanto fazia sozinha a prova.

Episodio 1x3 - Nota 8 2020-06-13 15:10:17

É isso. Comentei mais ou menos nesse sentido. Concordo contigo.

Episodio 1x3 - Nota 8 2022-06-07 22:22:53

Obrigado por compartilhar da mesma visão que eu, Anaa. Saudades dessa série incrível.

Episodio 1x4 - Nota 8 2020-06-13 15:12:59

O começo foi muito bom, mas achei o episódio mais lento até aqui. Talvez necessário para introduzir a nova fase da vida dos protagonistas.

A propósito, o episódio tem a duração de 31 minutos, quase exatamente dividido ao meio para apresentar a vida dos dois. Essa divisão igualitária confirma que ambos são protagonistas.

E Dublin é tão linda. Quero tanto conhecer.

Ah, parece que ouvi alguém falando em português com sotaque brasileiro no início do episódio, mas não identifiquei o teor, rs. O que faz bastante sentido, já que Dublin tem muitos imigrantes brasileiros.

E bem interessante a discussão sobre liberdade de expressão na "Sociedade do Debate".

Poor Gareth, que besteira vc fez em "apresentar" sua então namorada Marianne ao Connel.

Episodio 1x4 - Nota 8 2020-06-13 15:24:07

Kelly Key assistindo ao episódio e cantando "Baba, baby".

Episodio 1x5 - Nota 8.5 2020-06-13 15:31:12

O episódio começa com a questão: é possível ser só amigo do seu primeiro amor? A própria Marianne responde ao dizer que não há como enquanto um dos dois tentar transar com o outro.
Penso ser possível a amizade sim, mas perigosa. Explico. Se sua vida estiver totalmente organizada, especialmente na esfera amorosa, talvez funcione essa amizade. O problema é a gasolina que fica no "ar" em uma amizade desse tipo. Qualquer faísca pode causar um incêndio, como vimos no final do episódio.

Gostei do carinha falando verdades sobre ser superficialmente legal, mas um monstro por dentro. Há muita gente assim por aí. Talvez a maioria.

"Ele é a pessoa mais inteligente que eu já conheci". Marianne disse isso sobre Connel. Essa é a ótica dela, viciada pelas experiências que ela já teve e por todo sentimento que ainda nutre por ele.

Ao que parece, a Marianne "fria e insensível" como ela mesma disse é mais um mecanismo de defesa. Quando ela fica embriagada/entorpecida e pergunta sobre quem transa melhor, fica evidenciada a insegurança que ela também sente. O que também é percebido quando ela pergunta se Connel chegou pelo menos ao cogitar convidá-la para o baile.

E estava demorando para ver o logo da Guinness. Ainda mais em Dublin.

Episodio 1x6 - Nota 8 2020-06-13 18:27:24

Gargalhei:

"- Como se sentiria se eu ficasse falando dos seus erros estúpidos da adolescência?
- Querido, você é o erro estúpido da minha adolescência."

O convite para o ménage à trois também foi curioso. Por um instante, pensei que fossem aceitar hahahah E, meu Deus, eles parecem dois coelhos (de uma forma legal).

Esse finalzinho...

Episodio 1x7 - Nota 8 2020-06-13 18:31:46

Este episódio trouxe uma trilha sonora muito parecida com a do seriado "The Leftovers" (que é maravilhoso).

Curioso o lance do Jamie ser sado, pois a franjinha da Marianne já me lembrava a atriz Dakota Jonhson no papel de Anastacia em 50 Tons de Cinza haha.

Dois momentos que evidenciam a forte conexão entre Connel e Marianne:
- Eles cruzando olhares enquanto faziam o teste para a bolsa, certamente em nostalgia pelo passado em que estudavam na mesma sala;
- Um feliz pelo outro ter conseguido a bolsa, mesmo sem estarem juntos.

Episodio 1x8 - Nota 8.5 2020-06-13 22:02:50

Marianne deu bobeira ao chamar o ex que ela ainda gosta para passar o final de semana na casa dela na companhia do atual namorado e poucos amigos. E o pior é que esse tipo de situação também é criada fora da ficção, isto é, na vida real.

Jamie é um psicopata maluco. Uma pessoa sensata, diante do absurdo que escrevi acima, deve ter amor próprio, pegar suas coisinhas e simplesmente ir embora.

NADA JUSTIFICA VIOLÊNCIA (FÍSICA OU PSICOLÓGICA)!

Episodio 1x9 - Nota 8 2020-06-13 22:06:30

É difícil decifrar o Connell. Às vezes tenho dúvidas se ele realmente ama Marianne ou se apenas se sente responsável por ela (e é muito comum confundir isso com amor).

Por sua vez, Marianne não é tão difícil de entender. Romances abusivos, irmão abusivo, mãe passiva, bullying em excesso na escola. Convenhamos que, mesmo com tudo isso, ela conseguiu se tornar uma pessoa muito interessante. Tudo que ela passou também contribuiu para essa autossuficiência dela, essa sensação de não precisar de outras pessoas e de estar aberta a qualquer experiência.

Episodio 1x10 - Nota 8 2020-06-13 22:12:15

O suicídio do Rob, embora triste, não causou todo o sofrimento do Connell. Na verdade, foi o gatilho para que ele realmente constatasse a situação que ele vivia. Emoções muitas vezes precisam de gatilhos para serem acionadas. Acredito que seja o que aconteceu.

São nessas horas que é importante ter alguém que nos entenda e nos ame como Connell tinha a Marianne.

Aquele abraço na igreja mostra o quão transcendental é a conexão entre os personagens. O mesmo pode ser visto na cena em que a Marianne assista ao Connell dormir pelo Skype.

Por fim, outra discussão interessante trazida pela série: lamentações feitas em perfis de redes sociais de pessoas falecidas. Qual o propósito disso? Se for uma forma de a pessoa se sentir melhor, ok, mas há muitas intenções espúrias que podem estar inseridas nessas comportamentos.

Episodio 1x12 - Nota 9 2020-06-13 22:32:23

"Normal people", por óbvio, é sobre pessoas normais. É sobre maturidade e também sobre timing.

Pessoas normais, pois envolve um casal fora dos padrões de beleza de Hollywood. Também não há o mundo conspirando para que um casal permaneça junto. Há problemas reais.

Maturidade no amor. Quem já teve um amor no colegial sabe como isso impacta nossas vidas. O primeiro amor, que cremos que durará para sempre. Até que a vida nos surpreende e separações acontecem. Nós conhecemos outras pessoas. Terminamos com as outras pessoas. Percebemos que nunca mais teremos um primeiro amor ingênuo e inocente.

Despidos da ingenuidade e da inocência, por vezes, tentamos retomar a relação com aquele primeiro amor. Investigamos o motivo do término anterior e descobrimos que era imaturidade. Será que passou? Outros problemas vão surgir certamente. Se terminarmos de novo, será que esse ciclo vai durar para sempre?

Maturidade também é reconhecer o fim quando, apesar de existir amor, os indivíduos do casal querem seguir caminhos inversos, não conciliáveis. Estamos em constante mudança e às vezes ela acontece durante uma relação e nos torna incompatível com o(a) outro(a). Como diria Sinatra: "That's life!".

Maturidade é aprender sobre conviver com a perda de um amor. Aprender a seguir em frente, pois só assim podemos conhecer outras pessoas.

Tudo bem se teve que acabar. Isso não torna ruim o passado. Não precisa apagar a pessoa de sua vida. O diálogo final ilustra isso muito bem. Eles reconhecem a importância recíproca ali existente e de como são pessoas diferentes por causa um do outro. Nós somos uma mistura do impacto das experiências que vivemos e das pessoas com quem convivemos.

Isso também excede ao romance e abrange a amizade (que está inserida no romance). Amigos são poucos. Vemos no último episódio que estavam o Naill e a Penny no aniversário de Marianne. Foram os amigos que realmente se importavam com eles durante a série.

Enfim... Uma ótima série. A vida como ela é. Podemos traçar nosso plano de vida, mas haverá inúmeras turbulências, desvios de rota e destinos diversos daquele que planejamos e o roteiro fala muito sobre isso tudo.

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Gustavo